terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rubim de inspirações

por Nilce Almeida

"Eu sou do vale, o vale das pedras encantadas.
O vale encantado das histórias de minha infância.
Sou menina sapeca subindo em árvore.
Pé descalço na rua seguindo a calçada,
Procurando um carinho, um rumo, ou nada.
Mas sempre seguindo, sem pressa, na calma.
Procurando meu ritmo, meu jeito, meu tom.
Sou menina esperta sonhando acordada,
Brincando com a vida, zombando da sorte.
Carente de abraço, e descrente do amor.
Sou menina na face, na mente e na cor.
Procurando nos olhos a mulher que não sou...
Mas sou guerreira no nome, na raça...
Na alegria ingênua de quem sempre ousou.
Sou menina na alma, crescendo sozinha.
Aprendendo a ser gente do jeito que der.
Suportando a vida tal como é.
E é assim que pretendo ser...
Ser menina hoje, amanhã e depois...
E nos dias seguintes quando eu crescer...
É que quero ser grande sem nunca deixar de ser..."

Rubim

A História do Mercado Municipal de Rubim

mercado de rubim

Antigamente, o Mercado Municipal situava-se na Praça Ubirajara Coelho, onde os feirantes da região se reuniam para comercializar seus produtos nos dias de feira. Estes eram espalhados sobre lonas que eram forradas no chão.Hoje em dia o mercado municipal tem um novo endereço.

Segundo D. Elita, antiga moradora da cidade de Rubim, haviam barracas na praça onde eram colocados alguns dos produtos como: farinha, feijão, milho e verduras.

Hoje, o mercado esta situado na rua São Geraldo, com um moderna estrutura física. Segundo o Sr. Iocélio Sousa, administrador do mercado, o local passou por uma reforma entre 1997 e 2000. No início, o prédio era uma serralheria, e com a reforma este ganhou uma nova estrutura, como: troca de telhados, banheiros novos, reforma dos açougues, etc.

Para Sr. Iocélio, que coordenou toda a reforma, o mercado esta com pouco movimento devido a falta de variedade de produtos, mesmo que estes tenha mais qualidade que os de antes. Ainda assim, a população continua prestigiando o mercado, e acreditam que ele é parte importante da economia da cidade.

dia de feira - antigamente na atual praça ubirajara coelho

fachada atual do mercado municipal de Rubim

Fonte: Blog Folias da Cultura

domingo, 15 de janeiro de 2012

Município de Rubim em processo de desertificação, segundo estudos PAE/MG

Um terço do território mineiro corre o risco de virar deserto se nada for feito para combater a degradação do solo.A ameaça, que pode se concretizar em 20 anos, recai sobre 142 municípios que ocupam 177 mil quilômetros quadrados na Região Norte e nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, onde predominam os climas semiárido e subúmido seco e de entorno.

As áreas, de baixa precipitação pluviométrica, já são suscetíveis à desertificação, que torna inviável o uso delas para fins econômicos e sociais. Para piorar, o processo é acelerado pela ação do homem, como indica o Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca em Minas Gerais (PAE/MG). O estudo foi elaborado pelo Governo do Estado, conforme exigência do Ministério do Meio Ambiente.

Matas ciliares do rio Jequitinhonha e afluentes pouco existem. Atividades intensas de agricultura e pecuária, desmatamento indiscriminado, irrigação mal planejada e cultivo de monoculturas em ecossistemas frágeis, de baixa capacidade de regeneração, levam à perda da capacidade produtiva do solo e da biodiversidade. De acordo com o engenheiro agrônomo Djalma Marcelino Duarte, os municípios de Francisco Sá, Verdelândia, Monte Azul, Mato Verde e Espinosa, no Norte do Estado, além de Santo Antônio do Jacinto, Pedra Azul e Rubim, no Vale do Jequitinhonha, já se encontram em processo de desertificação.

Da exuberante Mata Atlântica nativa de nossa região, resta pouco. No município de Rubim, restam apenas 7%. Dos municípios que compõem a micro-região do Baixo Jequitinhonha, o de Jequitinhonha é o que tem o maior percentual de preservação da mata nativa (22%). Em seguida vem o município de Almenara. A pior situação é a do município de Santo Antônio do Jacinto, com apenas 4% da cobertura nativa original. Estes dados são do SISEMA-Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos hídricos/MG.


Apontando para cima DIAGNOSTICO AMBIENTAL DE RUBIM, por Ivanilson Costa Barros


BIOMAS


Djalma explica que estas regiões, onde se encontram os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, apresentam distribuição irregular de chuva. Desta forma, sofrem com o prolongado e rigoroso período de seca, agravado por altas temperaturas. O solo, frágil, ainda é danificado por atividades agropecuárias insustentáveis, queimadas e uso de agrotóxicos. Com o passar dos anos, a terra fica sem nutrientes, impossibilitando o crescimento de qualquer tipo de vegetação – florestas naturais ou plantações feitas pelo homem. Somado a isso, o desmatamento contribui para deixar o solo liso. Sem a cobertura vegetal, que serve para amortecer as gotas de chuva, a água carrega a terra, abrindo sulcos no terreno.

O uso irregular começa, principalmente, a partir dos anos 1970, com a introdução de tratores. Isso contribuiu para o agravamento da situação nestes municípios”, diz o engenheiro agrônomo. Além da questão ambiental, a perda da capacidade produtiva influência no desenvolvimento econômico e social destas regiões. “Sem terra para cultivar, famílias precisam se deslocar para outras regiões”,  explica.

No Brasil, o fenômeno da desertificação acontece em todo o Nordeste do país, no Norte de Minas e do Espírito Santo. Desde 2003, ações do Ministério do Meio Ambiente tentam conter o processo. A Organização das Nações Unidas (ONU) de fine desertificação como danos em áreas de clima semiárido, árido e subú-mido seco. As terras perdem o potencial produtivo devido a variações climáticas, como o aquecimento global, à escassez de chuvas e a atividades humanas degradantes, com impactos ambientais, sociais e econômicos.

Fonte: Blog do Banu, com texto do Sérgio Vasconcelos, da Gazeta de Araçuaí. Adaptações Kawan Dutra.


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